O maior pensador da Grécia Antiga e, talvez, de toda a antiguidade. Seu pensamento, assim como o de Platão, permanece vivo em muitos aspectos, já que é influência marcante de inúmeros teóricos. Muito do que ele afirmou permanece irrefutável até hoje.
Empirista, negava a filosofia idealista de Platão e buscava a essência dos objetos não no mundo ideal, mas na própria natureza.
Atribuía à natureza o fundamento de todas as coisas. As coisas eram descritas por Aristóteles conforme ele as analisava, mas suas descrições acabavam por não levar em conta certos aspectos históricos. Embora sua ciência funcionasse para analisar minerais ou vegetais, não funcionava para analisar a sociedade da época.
Por exemplo, como todas as mulheres eram tratadas naquela época como seres inferiores, Aristóteles acabou por afirmar que isso era da natureza da mulher. Ora, se fosse de sua natureza, as mulheres sempre seriam inferiores, até os dias de hoje. Na verdade, se nota que ele não tinha ainda noção de que as relações sociais não decorriam das forças da natureza, mas das forças produtivas historicamente estabelecidas em cada momento histórico.
Escreveu inúmeras obras, muitas das quais chegaram ao nosso tempo. Para o estudo do direito, as duas obras fundamentais são Ética a Nicômaco (para discussões sobre justiça) e A Política (para discussões sobre a estrutura e a formação do Estado).
No sistema filosófico de Aristóteles, a Política é um desdobramento da Ética, indissociáveis entre si. A ética está para a busca da felicidade do homem assim como a política está para a felicidade da pólis (cidade-Estado). Essa felicidade só pode ser atingida se os homens praticarem dois valores fundamentais: a virtude (no sentido de excelência na realização de todos os atos humanos) e a prudência (no sentido de buscar sempre o caminho do meio).