Há quase meio século, quando o Fórum de Rio Claro era sediado no piso superior do prédio hoje ocupado pelo Banco do Brasil, na esquina da Rua 03 com a Avenida 02 o juiz de direito da comarca, pessoa afável como deveriam ser todos os juízes, após o almoço, naturalmente que realizado no Restaurante “Líder” do saudoso Sebastião Generoso, ali mesmo, há 50 metros de seu local de trabalho, como sempre fazia, caminhava em direção do Fórum, saboreando seu “palheiro” como são conhecidos os cigarros de palha.
Eis que, quando já na porta é abordado por um munícipe, pessoa bastante simples que apeando de seu cavalo, dirigiu-se ao juiz solicitando auxílio para resolver algum problema de seu sítio.
Já na hora da primeira audiência do dia, sem tempo para sequer ouvir seu interlocutor, o juiz de forma gentil lhe pede :- “Agora estou sem tempo, tenho uma audiência começando, mas façamos o seguinte, no final da tarde, quando o fórum estiver quase vazio sem ninguém para eu atender, passa lá na minha vara que eu resolvo seu problema”.
O caipira arregala os olhos, dá um pulo prá trás e já montando seu cavalo, indignado retruca :- “Û que seu juiz ?!? Passá na sua vara ?!? Sartei de banda cigarrinho de páia !!!”
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