Advocacia Canavezzi https://www.canavezzi.adv.br Escritório de Advogados Tue, 15 Apr 2025 22:34:09 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 https://www.canavezzi.adv.br/wp-content/uploads/2022/04/Favicon-e1649163967993.png Advocacia Canavezzi https://www.canavezzi.adv.br 32 32 Pejotização: O que é, por que está em debate e quais os riscos para trabalhadores e empresas https://www.canavezzi.adv.br/2025/04/15/pejotizacao-o-que-e-por-que-esta-em-debate-e-quais-os-riscos-para-trabalhadores-e-empresas/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/04/15/pejotizacao-o-que-e-por-que-esta-em-debate-e-quais-os-riscos-para-trabalhadores-e-empresas/#respond Tue, 15 Apr 2025 22:34:08 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6180 Nos últimos dias, muito tem se falado sobre a chamada “pejotização” do contrato de trabalho, especialmente após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu ações sobre esse tema em todo o país.

Mas o que exatamente está em jogo? Quais são os impactos disso para empregados e empregadores?

O que é a pejotização?

A palavra “pejotização” vem da sigla PJ, de “Pessoa Jurídica”. Esse termo é usado para descrever uma situação em que o trabalhador é contratado como se fosse uma empresa prestadora de serviços, e não como um empregado com carteira assinada.

Na prática, isso significa que, em vez de ser contratado sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o profissional abre um CNPJ (uma empresa) e presta serviço como se fosse “autônomo” ou “terceirizado”. Porém, muitas vezes, essa contratação esconde uma relação de emprego típica: com subordinação, jornada, salário fixo e demais características de um vínculo trabalhista.

Por que a pejotização é um problema?

A pejotização pode parecer vantajosa para as empresas à primeira vista, pois reduz encargos trabalhistas como férias, 13º salário, FGTS, entre outros. No entanto, ela traz sérios riscos jurídicos e sociais.

Do ponto de vista do trabalhador, há perda de direitos fundamentais garantidos pela CLT. Do lado da empresa, existe o risco de sofrer ações trabalhistas que podem resultar em pesadas condenações, se for comprovado que houve uma fraude contratual.

O que disse o STF sobre isso?

No final de março de 2025, o ministro Gilmar Mendes, do STF, tomou uma decisão importante: suspendeu todas as ações na Justiça do Trabalho que discutem a validade da contratação de pessoa jurídica (PJ) quando existe subordinação típica de emprego.

A decisão foi tomada no contexto de uma ação que questiona se esse tipo de contratação é constitucional. Até que o Supremo julgue o caso definitivamente, os processos semelhantes em todo o país ficarão paralisados.

Essa medida gerou forte reação no meio jurídico, especialmente entre magistrados da Justiça do Trabalho.

A ANAMATRA (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) manifestou preocupação, afirmando que a suspensão ameaça a própria função da Justiça do Trabalho de proteger o trabalhador em situações de fraude ou precarização do vínculo empregatício.

O que dizem os especialistas?

Diversos advogados e estudiosos do Direito apontam que a decisão do ministro Gilmar Mendes cria um risco de insegurança jurídica. Afinal, suspender o julgamento de ações onde há indícios claros de fraude trabalhista pode enfraquecer a proteção que o trabalhador precisa.

Há também o receio de que essa decisão estimule a prática da pejotização por empresas que queiram reduzir custos, mesmo sabendo que isso pode lesar os direitos dos trabalhadores.

E agora? O que trabalhadores e empresas devem fazer?

Para os trabalhadores, é importante ficar atentos. Se você presta serviços como PJ, mas cumpre horários, responde a um chefe direto, recebe um valor fixo mensal e está sujeito a ordens constantes, é possível que exista um vínculo empregatício disfarçado, e você pode ter direito a registrar uma ação quando a suspensão for encerrada.

Para as empresas, o alerta é o seguinte: utilizar a pejotização como forma de reduzir custos pode trazer problemas sérios no futuro. O mais seguro é avaliar, junto a um advogado trabalhista, qual é o modelo contratual mais adequado para cada tipo de atividade, sem correr o risco de configurar fraude.

A discussão sobre a pejotização vai muito além de uma simples forma de contrato. Ela toca em princípios fundamentais do Direito do Trabalho, como a dignidade do trabalhador e a função social da empresa. Enquanto o STF não decide o tema de forma definitiva, é fundamental agir com cautela e consciência jurídica.

Se você é trabalhador ou empresário e tem dúvidas sobre a legalidade de um contrato PJ ou precisa de análise ou condução do seu caso, entre em contato conosco. A prevenção ainda é o melhor caminho para evitar conflitos e garantir que os direitos de todos sejam respeitados.

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APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA EM UNIÕES HOMOAFETIVAS https://www.canavezzi.adv.br/2025/04/15/aplicacao-da-lei-maria-da-penha-em-unioes-homoafetivas/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/04/15/aplicacao-da-lei-maria-da-penha-em-unioes-homoafetivas/#respond Tue, 15 Apr 2025 22:03:55 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6177 A Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei foi criada em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após ser agredida pelo marido.

A lei tem como objetivo combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, protegendo mulheres em situação de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A punição ao agressor se dá com a sua prisão preventiva e com o aumento do tempo máximo de detenção, além de medidas preventivas, tais como: saída do agressor de casa e proibição da sua aproximação da mulher e dos filhos.

Sendo um problema de saúde pública, como estabelecido por esta lei, deve ser aplicada pelos seguintes órgãos públicos: Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Segurança Pública, Saúde, Educação, Trabalho e Habitação.

Recentemente, por força da Lei 14.857/2024, houve uma importante mudança na Lei Maria da Penha que consiste no sigilo do nome da ofendida em todos os processos

judiciais relacionados a crimes praticados no contexto familiar. Essa alteração visa garantir a privacidade e a segurança da vítima, estimulando que elas façam as denúncias sem medo de represálias e preconceitos.

Como já falamos em outras ocasiões em outras matérias, primeiro ocorre o fato jurídico e depois vem a lei para regulamentá-lo. De tanta violência contra a mulher surgiu a Lei Maria da Penha para a proteção das mulheres e punição do agressor.

Hoje, como um número cada vez maior de uniões homoafetivas surge uma outra situação: poderia ser aplicada a Lei Maria da Penha nesses casos?

É uma questão relativamente nova que já está sendo discutida nos tribunais, embora não esteja ainda regulamentada por lei. Mas isso é só uma questão de tempo.

O Supremo Tribunal Federal (STF), de forma unânime, equiparou as relações de pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres. Dessa forma reconheceu a união homoafetiva como um núcleo familiar.

Recentemente esse mesmo tribunal também entendeu que a lei também se aplica a casais homoafetivos do sexo masculino, travestis e transexuais. Essa decisão foi baseada na constatação de que o Congresso Nacional não legislou sobre o tema e que, até que isso seja feito, a Lei Maria da Penha pode ser aplicada.

A questão foi discutida pelo STF, na medida em que ele é o órgão guardião da Constituição, cabendo a ele a análise de casos que envolvem omissão por parte do Poder Legislativo que, no caso, dificulta o exercício de direitos fundamentais por parte desses segmentos da população.

Sendo assim, entendemos ser possível a aplicação da Lei Maria da Penha em favor de qualquer pessoa, desde que comprovado que a violência ocorreu dentro de um contexto doméstico, familiar ou de relacionamento íntimo. Lembrando que tal violência pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Não fique com dúvidas; procure um profissional; estamos prontos para lhe ajudar!

Saiba mais e solicite sua consulta!

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IMPEDIRAM SUAS VISITAS AO SEU FILHO NO NATAL E ANO NOVO? SAIBA O QUE FAZER! https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/impediram-suas-visitas-ao-seu-filho-no-natal-e-ano-novo-saiba-o-que-fazer/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/impediram-suas-visitas-ao-seu-filho-no-natal-e-ano-novo-saiba-o-que-fazer/#respond Wed, 29 Jan 2025 21:42:12 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6170 As festas de fim de ano e as férias escolares são períodos de celebração e união familiar, mas para muitos pais separados, o direito de visita aos filhos pode se tornar um tema delicado. Quem terá os filhos no Natal? Como organizar as visitas no Ano Novo e as férias escolares? E se a outra parte se recusar a permitir o convívio? Neste artigo, explicaremos os direitos envolvidos, como garantir o cumprimento de acordos ou decisões judiciais, e a importância de um advogado especializado para resolver essas questões com eficácia.

No Brasil, o direito de convivência entre pais e filhos está garantido pelo Código Civil. Mesmo que o pai ou mãe não detenha a guarda do filho, ele tem o direito de participar da vida da criança, o que inclui períodos especiais, como as festas de fim de ano e as férias escolares.

O Artigo 1.589 do Código Civil assegura ao genitor que não possui a guarda o direito de visitas e convivência, sempre com foco no melhor interesse da criança. Esse princípio também orienta a divisão do tempo durante as férias, permitindo que ambos os pais aproveitem momentos de qualidade com os filhos.

O ideal é que o regime de visitas inclua previsões claras sobre os períodos de festas e férias escolares, geralmente estabelecidos em um acordo homologado judicialmente ou em uma decisão judicial. Em casos bem definidos, a convivência é organizada de forma equilibrada, como:


1-) Alternância anual no Natal e Ano Novo, permitindo que cada genitor tenha momentos especiais em anos diferentes.
2-) Divisão das férias escolares, garantindo que ambos os pais possam passar tempo significativo com os filhos durante esse período mais longo. Por exemplo, as férias podem ser divididas ao meio, com cada genitor responsável por parte delas.
3-) Caso o regime de visitas não preveja explicitamente essas divisões, é recomendável buscar orientação jurídica para formalizar um acordo que proteja os direitos dos pais e o bem-estar da criança.

E se o Acordo Não For Cumprido?

Quando o acordo ou decisão judicial não é respeitado, é possível buscar alternativas legais junto a um advogado especializado, como:


1-) Tente o Diálogo: Converse com a outra parte para encontrar uma solução amigável, sempre priorizando o bem-estar da criança.
2-) Procure a Justiça: Entre com uma ação de execução de visitas para garantir que o período combinado, incluindo férias, seja respeitado.
3-) Denuncie Alienação Parental: Se houver tentativa de afastamento intencional do genitor, isso pode caracterizar alienação parental, prevista na Lei nº 12.318/2010.

O seu advogado ainda pode a formalizar acordos específicos para festas e férias escolares, garantir que as decisões judiciais sejam cumpridas, inclusive em casos urgentes e representar você em ações judiciais para resguardar seu direito à convivência.

Dicas para Evitar Conflitos nos Períodos de Fim de Ano e Férias:
1-) Planeje com Antecedência: Organize as visitas com antecedência, incluindo detalhes sobre festas e férias.
2-) Defina Períodos Justos: Proponha uma divisão equilibrada para que ambos os pais possam aproveitar tempo de qualidade com os filhos.
3-) Formalize Acordos: Procure um advogado para transformar os combinados em decisões legais, protegendo todas as partes envolvidas.

O Natal, o Ano Novo e as férias escolares são momentos preciosos para fortalecer os laços familiares. Garantir que o direito de convivência seja respeitado é fundamental para o bem-estar da criança e para promover um relacionamento saudável entre pais e filhos.

Caso enfrente dificuldades na organização das visitas ou no cumprimento de acordos, não hesite em buscar a ajuda de um advogado especializado. Entre em contato com nosso escritório para proteger seus direitos e garantir que você e seu filho possam desfrutar desses momentos juntos.

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MANTENHA VOCÊ E A SUA EMPRESA EM SEGURANÇA: TENHA CONTRATOS PERSONALIZADOS REDIGIDOS POR ADVOGADOS ESPECIALISTAS! https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/mantenha-voce-e-a-sua-empresa-em-seguranca-tenha-contratos-personalizados-redigidos-por-advogados-especialistas/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/mantenha-voce-e-a-sua-empresa-em-seguranca-tenha-contratos-personalizados-redigidos-por-advogados-especialistas/#respond Wed, 29 Jan 2025 21:35:35 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6167 Você sabia que grande parte dos atos da vida civil e empresarial, presentes no nosso cotidiano, podem ser objetos de contratos?

Todos os dias acabamos integrando diversos contratos e não percebemos, seja pela prestação de serviços que utilizamos ou que oferecemos.

Ainda, em relação às relações interpessoais, é comum firmarmos vários contratos ao longo do dia, por meio envio de mensagens via aplicativos ou verbalmente em conversas com outras pessoas.

Esses contratos, embora classificados como informais, também geram direitos e obrigações.

É nesse ponto que devemos tomar cuidado!

Contrair obrigações por meio de contratos informais ou até mesmo formais, mas mal redigidos, poderá causar-lhe prejuízos de diversas naturezas, inclusive financeiro.

A elaboração de contratos formais redigidos por advogados especialistas e que compreendem a sua área de atuação, consequentemente, diminuirá significativamente eventuais riscos de prejuízos futuros diante do cumprimento das obrigações pactuadas entre as partes.

Por exemplo, se você é um prestador de serviços, é imprescindível que todos os seus direitos e exigências decorrentes da sua área de atuação estejam presentes em um contrato formal, tais como: informações sobre forma de cumprimento, prazos, valores, formas de rescisão, multas etc.

Outro exemplo é se você contrata os serviços de profissionais autônomos para sua casa ou empresa, é necessário que essa relação seja objeto de um contrato de prestação de serviço que não possa vir a ser questionado futuramente como relação de trabalho, gerando vínculo empregatício.

Isso porque essas informações, além de trazer mais segurança para ambas as partes, direcionarão o cumprimento da obrigação.

Um contrato bem elaborado e de acordo com a legislação inibe, em regra, qualquer discussão sobre temas que foram abordados nas cláusulas do contrato, uma vez que as partes, livres de qualquer vício de consentimento, assim pactuaram exprimindo a sua vontade.

Nesse sentido, é de suma importância que empresas tenham sempre contratos elaborados de forma específica para a sua área de atuação, bem como levando em consideração os seus procedimentos internos.

O tema que não esteja presente nas cláusulas do contrato de prestação de serviço da sua empresa, automaticamente, abrirá margem para discussão com seus clientes, possibilitando, inclusive, o debate na via judicial.

Esse embate gera custos para a sua empresa que irão desde a movimentação interna para defesa dos interesses da empresa, até mesmo para o pagamento de condenações judiciais.

Assim sendo, se a sua empresa não possui contratos atualizados e elaborados especificamente para a natureza do seu ramo de atuação, é preciso, urgentemente, repensar essa posição!

Para garantir segurança jurídica, é essencial que empresas busquem advogados na elaboração de contratos. A expertise jurídica é fundamental para evitar contratos mal elaborados e resguardar os direitos da empresa.

Profissionais da área jurídica asseguram que todos os termos estejam em conformidade com a legislação vigente, minimizando riscos de litígios futuros.

Se você tem dúvidas se a sua empresa está correndo algum risco da forma como está trabalhando atualmente, não hesite em nos procurar para uma avaliação e orientação jurídica!

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COMPREI UM IMÓVEL NA PLANTA, O PRAZO PARA ENTREGA JÁ FINALIZOU E O IMÓVEL NÃO ESTÁ PRONTO PARA A ENTREGA. QUAIS SÃO OS MEUS DIREITOS? https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/comprei-um-imovel-na-planta-o-prazo-para-entrega-ja-finalizou-e-o-imovel-nao-esta-pronto-para-a-entrega-quais-sao-os-meus-direitos/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/comprei-um-imovel-na-planta-o-prazo-para-entrega-ja-finalizou-e-o-imovel-nao-esta-pronto-para-a-entrega-quais-sao-os-meus-direitos/#respond Wed, 29 Jan 2025 21:31:25 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6163 É comum no mercado imobiliário brasileiro a venda e compra de imóveis ainda na planta, seja apartamento ou casa, para fins de moradia ou comerciais. Em regra, com prazo para entrega em alguns anos após a assinatura do contrato.

Porém, infelizmente, também é comum que o prazo para a entrega não seja cumprido, o que gera um enorme transtorno para o comprador. E diante dessa situação que acarreta prejuízos financeiros e até psicológicos aos compradores, é necessário saber o que é possível exigir e também de quem exigir.

Contudo, precisamos falar sobre o tempo de atraso. Você sabia que se o atraso for inferior a 180 dias a construtora estará amparada pela chamada “cláusula de tolerância”?

Essa cláusula, comum nos contratos de venda e compra de imóveis na planta, foi acolhida pelo Judiciário considerando ser razoável que a construção de empreendimentos possa sofrer alterações no prazo de entrega, no caso até 180 dias, em razão de intercorrências que fogem do controle da construtora, como por exemplo escassez de mão-de-obra no mercado de trabalho, período de chuvas etc.

De outro lado, superado o prazo mencionado acima, já podemos adentrar na esfera indenizatória. Algumas das indenizações mais comuns nesses casos são: danos morais e materiais, esse último podendo ser classificados como lucros cessantes, danos emergentes e devolução dos valores pagos na compra.

Importante destacar que as indenizações que você poderá pleitear em Juízo dependerão do seu caso em específico, do conteúdo do seu contrato com a construtora, do tempo de atraso na entrega do imóvel, dos transtornos gerados em decorrência do atraso e das provas que você poderá apresentar em Juízo para corroborar os seus pedidos na ação judicial.

Em termos simples, podemos dizer que os lucros cessantes se enquadram no que você deixou de ganhar em razão do atraso. Por exemplo, você comprou um imóvel com a finalidade de alugar para terceiros, mas como não foi entregue no prazo, você está deixando de ganhar o valor do aluguel, ou seja, possíveis ganhos financeiros.

De outro modo, os danos emergentes podem ser descritos como danos diretos decorrentes do atraso. Por exemplo, como o imóvel não foi entregue, você precisou morar de aluguel em outro imóvel.

E claro, integrando o grupo das indenizações materiais, você poderá reaver o valor que você pagou pela aquisição do imóvel, mas haverá algumas retenções, infelizmente.

É comum em contratos de compra e venda de imóveis estar presente uma cláusula de retenção de valores em caso de rescisão contratual, e esse percentual poderá variar chegando até 25% do valor investido na compra, segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça.

Agora, tratando-se de dano moral, ressalta-se que essa indenização não é presumida, ou seja, a jurisprudência fixou-se no sentido de que o atraso na entrega do imóvel por si só não é capaz de gerar o dever de indenizar o comprador por danos morais.

Nesse caso, para que a indenização por danos morais seja concedida, será necessário comprovar que o transtorno causado pelo atraso ultrapassou a esfera material. É preciso provar que houve abalo moral, caso contrário, seu pedido não será acolhido.

Para isso, é sempre importante contar com um advogado especialista que orientará você sobre seus direitos e fará toda a organização processual, como escolha das provas documentais e testemunhas que poderão auxiliar no seu caso.

Se você estiver passando por essa situação e precisar de orientação, não hesite em nos contatar para assegurar os seus direitos!

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ESTÃO ME DEVENDO E NÃO PAGAM? DESCUBRA COMO RESOLVER DE VEZ! https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/estao-me-devendo-e-nao-pagam-descubra-como-resolver-de-vez/ https://www.canavezzi.adv.br/2025/01/29/estao-me-devendo-e-nao-pagam-descubra-como-resolver-de-vez/#respond Wed, 29 Jan 2025 21:17:37 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6160 É frustrante quando alguém deve dinheiro e não paga, seja um amigo, cliente ou empresa. Essa situação, além de causar transtornos financeiros, pode trazer dúvidas: O que fazer? Como cobrar sem criar conflitos? Quando recorrer à Justiça? Este artigo vai esclarecer seus direitos, oferecer dicas práticas para lidar com essa situação e destacar como um advogado especializado pode ser essencial para garantir que você receba o que é seu por direito.

Antes de tomar qualquer medida judicial, é sempre válido tentar resolver a situação de forma amigável. Acione um advogado especializado para intermediar o contato com o devedor e explicar sua posição. Estabeleça um prazo para o pagamento e peça ao seu advogado que registre esse acordo por escrito. Muitas vezes, uma boa conversa resolve o problema sem a necessidade de processos judiciais.

Se mesmo assim o pagamento não for realizado, é hora de adotar uma abordagem mais formal.

A notificação extrajudicial é uma forma eficaz de pressionar o devedor a quitar a dívida. Esse documento, enviado por um advogado, serve como um aviso formal, deixando claro que você está disposto a tomar medidas legais caso o pagamento não seja realizado. Muitas vezes, isso é suficiente para que o devedor cumpra sua obrigação.

Se as tentativas anteriores falharem, o caminho judicial pode ser necessário. Existem diferentes tipos de ações judiciais que podem ser utilizadas dependendo da natureza da dívida:

1-) Ação de Cobrança: Ideal para casos em que não há um documento formal da dívida, mas você tem outras provas, como mensagens ou testemunhas.
2-) Execução de Título Extrajudicial: Quando há um documento que comprove a dívida, como um cheque, contrato ou nota promissória. Esse processo é mais rápido, pois o juiz já presume que a dívida existe.
3-) Ação Monitória: Para cobrar valores baseados em documentos que, embora não sejam títulos executivos, indicam a existência da dívida, como e-mails ou recibos.

ATENÇÃO! É importante lembrar que as dívidas possuem prazos prescricionais! Após esse período, pode ser mais difícil cobrar judicialmente, então é essencial agir com rapidez.

Cobrar uma dívida pode parecer simples, mas envolve uma série de detalhes jurídicos que exigem conhecimento especializado. Um advogado pode ajudá-lo em todas as etapas do processo, desde a elaboração de notificações até a condução de uma ação judicial. Além disso, ele pode orientá-lo sobre como preservar as provas e agir de forma estratégica para aumentar as chances de sucesso.

Dicas extras para Evitar Problemas com Dívidas no Futuro:

1-) Formalize os Acordos: Sempre que emprestar dinheiro ou prestar um serviço, tenha um contrato elaborado por advogado ou recibo que comprove a transação.
2-) Defina Prazos e Multas: Estabeleça datas claras para o pagamento e, se possível, inclua cláusulas de multa em caso de atraso.
3-) Guarde Comprovantes: Mantenha registros de conversas, e-mails e mensagens que possam servir como prova em caso de inadimplência.

Se estão lhe devendo, você não precisa lidar com isso sozinho. Inclusive não é recomendado que se haja por conta própria. A cobrança de dívidas pode ser resolvida de forma eficaz, seja por meios amigáveis ou judiciais. Um advogado especializado pode ajudá-lo a recuperar o valor devido de maneira rápida e segura, garantindo que seus direitos sejam respeitados.

Entre em contato com nosso escritório e saiba como podemos ajudá-lo a resolver sua situação de forma eficiente e personalizada. Não deixe que uma dívida não paga prejudique sua vida financeira ou de sua empresa!

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Trabalhar menos e viver mais: PEC quer acabar com escala 6×1 e substituir por jornada de 4 dias no Brasil! https://www.canavezzi.adv.br/2024/11/14/trabalhar-menos-e-viver-mais-pec-quer-acabar-com-escala-6x1-e-substituir-por-jornada-de-4-dias-no-brasil/ https://www.canavezzi.adv.br/2024/11/14/trabalhar-menos-e-viver-mais-pec-quer-acabar-com-escala-6x1-e-substituir-por-jornada-de-4-dias-no-brasil/#respond Thu, 14 Nov 2024 14:33:07 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6150 A proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer mudar a jornada de trabalho no Brasil, reduzindo os dias de trabalho para quatro na semana, tem gerado muitos debates. Atualmente, muitos trabalhadores brasileiros seguem uma escala 6×1, ou seja, trabalham seis dias seguidos e descansam um. Com a nova PEC, a ideia é diminuir o número de dias de trabalho, sem reduzir os salários. Isso traria vantagens e desafios tanto para empregados quanto para os empregadores.


Do lado dos trabalhadores, a mudança pode melhorar muito a qualidade de vida. Com mais um dia de descanso, eles teriam mais tempo para estar com a família, descansar e até estudar ou fazer cursos. Esse descanso adicional ajudaria a diminuir o estresse e a exaustão que muitos sentem após uma semana longa de trabalho. Estudos feitos em outros países mostram que trabalhar menos dias na semana pode aumentar a felicidade dos trabalhadores e, como resultado, sua produtividade, ou seja, a capacidade de fazer mais em menos tempo.


No entanto, há alguns desafios para os trabalhadores também. Com menos dias de trabalho, há uma possibilidade de que, em algumas empresas, os funcionários percam oportunidades de fazer horas extras, o que pode diminuir a renda de quem depende desses pagamentos extras. Além disso, algumas pessoas podem ter dificuldade de se adaptar à nova rotina, pois muitos já têm atividades organizadas em torno do calendário atual de trabalho.
Para as empresas, uma jornada de quatro dias pode significar uma melhora na produtividade. Funcionários mais descansados tendem a trabalhar com mais foco e energia, o que é bom para as empresas. Além disso, a ideia é que, com menos dias de trabalho, as empresas precisem fazer ajustes que podem resultar em mais contratações, ajudando a diminuir o desemprego no país.


Contudo, a mudança traria desafios significativos para os empregadores. Para manter o mesmo nível de produtividade com menos dias de trabalho, as empresas precisariam adaptar suas operações, o que poderia gerar custos extras, como o aumento de contratações ou a reorganização de escalas. Para algumas empresas, principalmente as que dependem de turnos contínuos, seria difícil garantir que todos os serviços funcionem normalmente com menos dias de trabalho, sem aumentar os gastos.
Em resumo, a proposta de mudança na jornada de trabalho de seis para quatro dias é uma ideia que visa melhorar a vida dos trabalhadores e alinhar o Brasil às tendências globais, que buscam maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Contudo, tanto os trabalhadores quanto os empregadores precisarão se adaptar e enfrentar os desafios que podem surgir com essa nova forma de organização do trabalho.

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BATERAM NO MEU CARRO OU MOTO, E AGORA? https://www.canavezzi.adv.br/2024/10/23/bateram-no-meu-carro-ou-moto-e-agora/ https://www.canavezzi.adv.br/2024/10/23/bateram-no-meu-carro-ou-moto-e-agora/#respond Wed, 23 Oct 2024 20:35:07 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6144 Sofrer um acidente de trânsito, ainda que leve, é uma situação que gera estresse e incertezas. Quando alguém bate no seu carro ou moto, surgem diversas dúvidas: quem será responsabilizado? Como funciona o pagamento de consertos? Como acionar o seguro, se houver? E se a outra parte se recusar a pagar? Nessas horas, saber quais são seus direitos é essencial, e contar com o apoio de um advogado especializado pode fazer toda a diferença para garantir que você seja devidamente ressarcido.

No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) regula os direitos e deveres de motoristas envolvidos em acidentes. A responsabilidade em um acidente de trânsito é, geralmente, atribuída à pessoa que agiu de forma negligente ou imprudente. Essa responsabilidade pode ser apurada com base nos relatos das partes envolvidas, depoimentos de testemunhas, laudos periciais e boletins de ocorrência. Em muitos casos, a definição de quem é culpado não é tão clara, e é aí que um advogado especializado pode ajudar a identificar a melhor estratégia para você.

Em alguns acidentes, os envolvidos conseguem resolver a situação de forma amigável, especialmente se os danos forem pequenos e ambas as partes estiverem dispostas a negociar. No entanto, existem muitos cenários em que a ajuda de um advogado é crucial, como:


1-) A outra parte se recusa a pagar: Mesmo que a outra pessoa tenha sido claramente responsável pelo acidente, ela pode se recusar a arcar com os custos de reparo. Nesse caso, um advogado pode orientá-lo sobre como entrar com uma ação de reparação de danos materiais.
2-) Danos graves: Se o acidente causou danos significativos ao seu carro, seu patrimônio ou até mesmo à sua integridade física, a questão pode se tornar mais complexa, exigindo uma análise jurídica detalhada para calcular corretamente o valor da indenização.
3-) Lesões corporais: Se houver ferimentos, é possível buscar uma indenização por danos morais e materiais relacionados ao tratamento médico, afastamento do trabalho e até danos psicológicos.
4-) Problemas com o seguro: Muitas vezes, as seguradoras podem se recusar a cobrir determinados danos, questionar a responsabilidade pelo acidente ou tentar reduzir o valor da indenização. Um advogado pode ajudá-lo a lidar com essas situações e garantir que seus direitos sejam respeitados.

Para garantir o sucesso de uma ação judicial ou mesmo de uma negociação com a outra parte, é fundamental reunir e organizar toda a documentação relacionada ao acidente. Alguns dos documentos essenciais incluem:

Boletim de Ocorrência: Embora nem todos os acidentes exijam o registro de um boletim de ocorrência, ele é um documento importante para formalizar o acidente e registrar as circunstâncias e a responsabilidade atribuída.

Fotos e vídeos: Se possível, tire fotos e vídeos do local do acidente, dos danos nos veículos e de qualquer outro fator relevante. Isso pode ajudar a esclarecer a dinâmica do acidente.
Laudos técnicos e orçamentos: Guarde os laudos de oficinas mecânicas com orçamentos para o reparo dos danos e, em caso de lesões, os laudos médicos que comprovem a necessidade de tratamento.

Diante de todo esse cenário, um advogado especializado conhece a legislação e os procedimentos específicos que envolvem acidentes e pode orientá-lo sobre a melhor forma de resolver seu caso. Entre as vantagens de contar com um advogado estão:


Negociação eficiente: Um advogado saberá como negociar com a outra parte ou com a seguradora, evitando que você aceite acordos desfavoráveis ou que seus direitos sejam violados.
Ação judicial: Se a negociação falhar, o advogado pode ingressar com uma ação judicial para garantir que você receba a indenização adequada pelos danos sofridos.
Agilidade e expertise: O processo judicial pode ser demorado e complicado, mas um advogado especializado saberá como acelerar a resolução do seu caso e evitar surpresas desagradáveis no caminho.

Bateram no seu carro ou na sua moto? Saber como agir pode fazer toda a diferença na hora de resolver a situação e garantir que você não seja prejudicado. Em casos mais complexos, onde há resistência no pagamento de danos ou desacordo entre as partes, a consulta com um advogado especializado é fundamental para proteger seus direitos e garantir uma solução justa. Não hesite em buscar orientação jurídica para assegurar que o problema seja resolvido de forma rápida e eficiente.

Entre em contato com nosso escritório para obter uma análise do seu caso e garantir que seus direitos sejam preservados após o acidente

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REMÉDIOS DE ALTO CUSTO: A LUTA JUDICIAL QUE PODE SALVAR SUA VIDA! https://www.canavezzi.adv.br/2024/08/15/remedios-de-alto-custo-a-luta-judicial-que-pode-salvar-sua-vida/ https://www.canavezzi.adv.br/2024/08/15/remedios-de-alto-custo-a-luta-judicial-que-pode-salvar-sua-vida/#respond Thu, 15 Aug 2024 10:00:00 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6136 A saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, mas muitos brasileiros enfrentam desafios quando precisam de remédios de alto custo. A obtenção desses medicamentos pode ser um processo complexo e dispendioso, deixando muitas pessoas sem o tratamento necessário. Neste artigo, exploraremos os direitos dos cidadãos em relação aos remédios de alto custo e a importância de consultar um advogado especializado para garantir o acesso a esses tratamentos.

A Constituição Federal, em seu artigo 196, assegura que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Isso inclui o fornecimento de medicamentos, especialmente aqueles de alto custo que são essenciais para a sobrevivência e qualidade de vida de muitos pacientes. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem a responsabilidade de fornecer esses medicamentos gratuitamente, desde que estejam incluídos na lista de medicamentos essenciais ou que a sua necessidade seja comprovada por um médico.

Apesar dos direitos garantidos pela Constituição, na prática, conseguir remédios de alto custo pode ser um desafio. Faltas no estoque, burocracia e a demora na aprovação de tratamentos são obstáculos comuns. Muitos pacientes acabam recorrendo à Justiça para obter os medicamentos de que necessitam, enfrentando processos judiciais complexos e demorados.

Um advogado especializado em direito à saúde pode ser um aliado valioso na luta pelo acesso a medicamentos de alto custo. Ele pode orientar sobre os direitos do paciente e os procedimentos necessários para solicitar medicamentos de alto custo pelo SUS ou através de ações judiciais.

Ainda, quando o pedido administrativo é negado, o advogado pode entrar com uma ação judicial para garantir o acesso ao medicamento. Isso inclui preparar a documentação necessária, como laudos médicos e prescrições, e representar o paciente no processo.

Assim, com o apoio de um advogado, o processo pode ser mais ágil e eficiente, reduzindo o tempo de espera para obter o medicamento, uma vez que o profissional conhece os trâmites legais e pode evitar erros que atrasariam o processo, e ainda evitando abusos e negligências por parte das autoridades de saúde.

COMO PROCEDER?

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades para obter medicamentos de alto custo, siga estas etapas:

1-) Consulte um Advogado:
Consulte um advogado especializado. Ele poderá orientar sobre a melhor forma de conduzir toda a demanda em busca do medicamento tanto em âmbito administrativo quanto judicial.

2-) Procure um Médico:
Obtenha um laudo médico detalhado que comprove a necessidade do medicamento e a urgência do tratamento.

3-) Solicite ao SUS:
Com o auxílio de um advogado, faça a solicitação do medicamento pelo SUS, apresentando toda a documentação médica necessária.

O acesso a remédios de alto custo é um direito garantido pela Constituição, mas que muitas vezes exige uma luta judicial para ser assegurado. Consultar um advogado especializado pode fazer toda a diferença na obtenção rápida e eficiente dos medicamentos necessários para a saúde e qualidade de vida dos pacientes. Se você está enfrentando dificuldades para obter um remédio de alto custo, não hesite em buscar ajuda jurídica. Nosso escritório está à disposição para oferecer orientação e assistência legal, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que você receba o tratamento necessário.

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HORAS EXTRAS ABUSIVAS: O IMPACTO DO CRUNCH NO TRABALHO E COMO DENUNCIAR. https://www.canavezzi.adv.br/2024/08/08/horas-extras-abusivas-o-impacto-do-crunch-no-trabalho-e-como-denunciar/ https://www.canavezzi.adv.br/2024/08/08/horas-extras-abusivas-o-impacto-do-crunch-no-trabalho-e-como-denunciar/#respond Thu, 08 Aug 2024 14:34:07 +0000 https://www.canavezzi.adv.br/?p=6131 O termo “crunch” tem ganhado notoriedade em ambientes de trabalho. Mas você sabe o que essa expressão estrangeira significa e quais são suas implicações legais? Neste artigo, vamos explorar o conceito de crunch, suas consequências para os trabalhadores e a importância de denunciar práticas abusivas. Além disso, destacaremos a importância de consultar um advogado especializado para proteger seus direitos.

O que é Crunch?

Crunch é uma expressão estrangeira utilizada para descrever períodos intensos de trabalho, onde os funcionários são submetidos a longas horas extras, geralmente sem compensação adequada, para cumprir prazos apertados ou demandas excessivas. Essa prática, infelizmente, é comum em indústrias que trabalham com projetos de grande escala e prazos rígidos, como a indústria de jogos eletrônicos, tecnologia e publicidade, mas podem ocorrer em qualquer outra área.

Consequências do Crunch para os Trabalhadores:

O crunch pode ter sérias repercussões na saúde física e mental dos trabalhadores. Entre os efeitos mais comuns estão:
1-) Estresse e Ansiedade: A pressão constante e as longas horas de trabalho sem descanso podem levar a altos níveis de estresse e ansiedade.
2-) Exaustão: A falta de descanso adequado pode resultar em exaustão física e mental, afetando a produtividade e a qualidade de vida.
3-) Problemas de Saúde: Condições como insônia, problemas digestivos e doenças cardiovasculares podem surgir devido ao excesso de trabalho.
4-) Desequilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional: O crunch frequentemente leva a um desequilíbrio significativo entre a vida profissional e pessoal, afetando relacionamentos e a vida social dos trabalhadores justamente por não passarem tempo mínimo adequado com seus familiares e amigos.

Aspectos Legais e Direitos dos Trabalhadores:

No Brasil, a legislação trabalhista estabelece limites claros para a jornada de trabalho e a realização de horas extras. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada padrão é de 44 horas semanais, com um máximo de 8 horas diárias. As horas extras devem ser remuneradas com um acréscimo de pelo menos 50% sobre o valor da hora normal. Além disso, os trabalhadores têm direito a intervalos para descanso e alimentação, e ao descanso semanal remunerado.

O Art. 61 da CLT prevê algumas situações excepcionais em que a jornada de trabalho pode ser excedida sem a necessidade de acordo ou convenção coletiva. Em casos de força maior, serviços inadiáveis ou trabalhos cuja inexecução possa causar prejuízos manifestos, a duração do trabalho pode exceder o limite legal ou convencionado. Nesses casos, o acréscimo salarial deve ser, pelo menos, 50% superior ao valor da hora normal.

No entanto, é importante ressaltar que essas situações excepcionais não justificam práticas contínuas de crunch. O uso frequente de longas jornadas e horas extras abusivas sem a devida compensação configura violação dos direitos trabalhistas e deve ser combatido. O empregador tem a obrigação de garantir um ambiente de trabalho saudável, respeitando os limites legais e assegurando o bem-estar dos funcionários.

Práticas de crunch que desrespeitam esses limites são ilegais e devem ser denunciadas.

Como e Onde Denunciar Práticas de Crunch:

Se você está sendo submetido a condições de trabalho abusivas, é fundamental denunciar essas práticas. Aqui estão algumas orientações sobre como proceder:

1-) Reúna Evidências: Documente todas as situações de abuso, como registros de horas extras, e-mails e mensagens que comprovem a exigência de jornadas excessivas.
2-) Converse com o RH: Tente resolver a situação internamente, comunicando o problema ao departamento de Recursos Humanos da empresa.
3-) Denuncie ao Ministério do Trabalho: Se a situação não for resolvida internamente, você pode denunciar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As denúncias podem ser feitas online, pelo site do MTE, ou presencialmente em uma de suas unidades.
4-) Consulte um Advogado: Um advogado especializado em direito trabalhista pode fornecer orientação jurídica fundamental para lidar com práticas de crunch. Eles podem ajudar a entender seus direitos, representar você em negociações ou processos judiciais, e garantir que você receba a compensação adequada por qualquer abuso sofrido.

Conclusão:

O crunch no ambiente de trabalho é uma prática prejudicial e ilegal que deve ser combatida. Conhecer seus direitos e saber como denunciar são passos essenciais para proteger sua saúde e bem-estar.
Se você está enfrentando condições de trabalho abusivas, não hesite em buscar ajuda. Denunciar e consultar um advogado especializado pode fazer toda a diferença para garantir que seus direitos sejam respeitados e que você receba o suporte necessário para enfrentar essa situação.
Entre em contato conosco para obter orientação e assistência legal atualizada e especializada.

Agradecimento especial para meu grande amigo Vinicius Ferreira de Azevedo, vulgo “Capitão”, quem me inspirou a escrever sobre esse tema tão importante e de extrema relevância.

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